Sem nenhum
referente teórico, porque não é esta a minha área de interesse, mas ao ler as caixas de comentários diria sobre o nosso futuro imediato, claramente num exercício
de divagação, somos aqueles
que melhor nos encontramos para dar um pulo gigante na história das profissões
no século XXI.
Esta luta, sim é de luta que se trata e “luta
à boa e velha maneira do proletariado contra o patronato”, leia-se de “técnicos
especializados contra interesses instalados” aquilo que julgo que todos, sem
excepção, aprendemos foi que o verdadeiro sucesso se constrói nos vínculos entre
as pessoas, na união, e com as lideranças. O passo seguinte é percebermos que
temos de fazer crescer as competências individuais, o “saber fazer”, mas
também, o “saber estar”, área que a sociologia com muita mestria domina, e que
eu, antropologicamente, gosto de intitular “o self” à boa maneira de Peter
Galison e das “práticas presentes na construção das identidades”.
A evolução humana trouxe-nos até este
estádio anatomicamente mais avançados, mas ao longo do nosso desenvolvimento
humano fomos aprendendo a depender de visões e sensações. Quero dizer com isto,
que crescemos e nos construímos daquilo que é visível, respondemos ao tacto e que
num efeito imediato corresponde à sobrevivência, seja nas sociedades mais longínquas
seja na atualidade. É contingente o nosso
instinto de sobrevivência, digo sem saber em que patamar está o estado da arte, porém este caminho vai produzindo caraterísticas nas personalidades coletivas.
E esta é a parte mais interessante da circunstância
que estamos a viver. A personalidade. É
a personalidade, por definição, qualquer coisa como uma entidade estável e conseguimos
individualizá-la num conjunto de procedimentos e ou condutas. Isto, também, quer
dizer que ela é dinâmica e, sem dúvida, com custos muito expressivos e evidentes
quando nos expomos à mudança. Estes dias diz-se muito, “o caminho faz-se
caminhando” (esta frase não é de Fernando Pessoa?) e do que se fala é que o
caminho implica mudanças. Temos sempre muitas reservas e não gostamos muito de
mudanças, sobretudo se forem imprevisíveis e dolorosas.
Do que falo é deste “fenómeno” de crescermos,
claramente de baixo para cima, mas agora “de dentro para fora” um dos mais
fantásticos fenómenos de desenvolvimento pessoal/coletivo neste nosso século. Apesar
das imensas imperfeições que individualmente carregamos sabemos que somos seres
fantásticos, com capacidades interiores, que alguns chamam de “capacidades
espirituais” (sem conotação religiosa) únicas, multifacetados e multitalentosos.
É disso que se fala no século XXI, explorar,
partilhar e investir na essência da conexão com as outras pessoas dentro das
nossas idiossincrasias. Numa sociedade consumista e de competição desenfreada o
sucesso passa pelas finanças e pela economia. Ou seja, um desenvolvimento “de
fora para dentro”. É claro hoje, que esse mundo dito “moderno” nunca existiu
efetivamente, para todo o planeta, e já todos percebemos como esse mundo é um
mundo fracassado e cheio de premissas erradas e ilusórias.
Se o
sucesso assenta nos aspetos financeiros quase se pode contabilizar: quantos
euros são precisos para se ser feliz? Existem parâmetros mensuráveis e
universais?
Quando
percebemos que a felicidade e o sucesso não passam por finanças podemos falar e
perceber que a felicidade se constrói “de dentro para fora”. Esta nossa luta
ensinou-nos isso. O nosso verdadeiro sucesso residiu nos vínculos que criámos
com as pessoas e agora no aumento, unidos mais que nunca, das nossas competências
individuais. Chamam a isso até literacia emocional. Na verdade, o que tudo isto
permite é criar “grupos mais complexos na sua interação e na cooperação, e este
processo é, de facto, “de dentro para fora”. Dizemos que não seremos mais os
mesmos. E não seremos, é já um facto. Já temos conhecimentos e sabemos alguns
dos caminhos por onde não queremos ir.
O QUE É VIVER E PENSAR “DE DENTRO PARA FORA”?
É:
–Pensar fora da caixa, ser criativo, inovador e caminhar sem
medo;
–Ouvir e partilhar;
–Aceitarmo-nos com as nossas limitações e investirmos em nós;
–Pensar com alteridade – consciência de nós e do outro;
–Sermos honestos e verdadeiros,
–Associar os nossos pequenos sucessos a valores imateriais e à
prosperidade
A todos desejo um futuro cheio de nós.
Que todos percebamos o que é ser SUPERIOR
Viva nós, viva os TSDT(s)
Que todos percebamos o que é ser SUPERIOR
Viva nós, viva os TSDT(s)
Mais um excelente texto de reflexão, expressa bem o que é ser grande. Obrigada pela partilha.
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