terça-feira, 23 de abril de 2019

A formação profissional, o último reduto da educação humana

      
imagem retirada de 
https://www.vpeventos.com/blog/plagio-um-perigo/

        Num dia que além do LIVRO se comemora os DIREITOS DE AUTOR, e em nada perdemos em ler o texto de Michael Foucault “O QUE É UM AUTOR”, apetece-me falar de plágio. 

       Não é da pobreza de ideias para projetos, dissertações ou teses que por aí andam, da vacuidade dos temas, nada disso. Ou até da apologia de doutoramentos em 18 meses que podem originar disparates em série.  É mesmo de plágio em trabalhos ditos académicos. O plágio ou o copy paste mal amanhado, mal fundamentado é uma prática em crescendo, tanto em politécnicos como em universidades. O que é um aborrecimento não é eles existirem, é a cumplicidade, nalguns casos o descuido e preguiça, mas mais grave e triste a absoluta ignorância do orientador. Na verdade, quando leio alguns trabalhos, parte deles orgulhosamente colocados na plataforma RCAAP,  nunca me ocorre o aluno, entristece-me sempre o orientador. Faz-se curriculum com o número de orientações, mas um doutoramento em cálculos renais não habilita ninguém para orientar todos os temas sobre saúde.

       Entristece-me quando a ignorância é tanta que nem se apercebem daquilo para o qual estão a contribuir, mais ainda, não se apercebem que os topamos e pavoneiam-se por aí como se fossem inteligências renascentistas.

       Aflige-me contribuírem para péssimos trabalhos deitando por terra qualquer valor que se possa dar a um trabalho cuidado.Caminhamos para um perigoso esvaziamento inteletual e premiamos o certificado.

     Deixamos à FORMAÇÃO PROFISSIONAL a possibilidade de legitimar aquilo que a educação formal é incapaz de oferecer

Bibliografia:
DL 86-A/2016


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